quarta-feira, 30 de maio de 2012

Entrevista com Thaissa Carvalho , falando sua personagem ' Cida ' em viver a vida

Nascida e criada no Méier, zona norte do Rio de Janeiro, Thaíssa Carvalho, 27, ganha destaque interpretando a empregada Cida, no folhetim “Viver a Vida”, do autor Manoel Carlos. O caminho para a televisão foi ousado. Ela começou a estudar teatro aos 13 anos, quando fez por algum tempo cursos de interpretação no renomado Teatro Tablado, no Rio. A carioca de 1,70 cm e 56 kg diz que arriscou batalhar para ser atriz, mas nem por isso deixou de cursar a faculdade de Nutrição pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a fim de diminuir a preocupação de que a aposta na vida artística poderia não dar certo. Entretanto, o caminho escolhido abriu as portas de Thaíssa na emissora global. Na época de estagiar na universidade, se candidatou a uma vaga de nutricionista no Projac, e por isso pediu aos colegas que ninguém fizesse a inscrição, pois a vaga teria que ser dela. Depois de algum tempo circulando pelas cozinhas da Globo, começou a fazer algumas pontas em “Sítio do Pica-Pau Amarelo” e alguns quadros do “Fantástico”. Após entrar no estúdio e se candidatar para um papel em “Alma Gêmea”, fez “O Profeta” e uma participação considerável em “Malhação”. Ela conta que ainda fez o teste para ser a empregada de Maya, em “Caminho das índias”, de Glória Perez, mas não atingiu o perfil para o papel. “Batalhei muito e fiz bastante figuração até conseguir uma boa chance”, conta. Na pele de Cida, a esperta empregada do casal Gustavo (Marcelo Andreoli) e Betina (Letícia Spiler), a atriz mostra seu talento provocando e chantageando o patrão, a fim ficar calada sobre o flagrante que deu nele aos beijos com a própria prima da esposa, Malu (Camila Morgado). Seu silêncio é garantido com trocas de presentes como uma televisão, ar condicionado, tudo com muito humor, avisa Thaíssa.
Como surgiu a primeira oportunidade, e de que maneira você conseguiu entrar na televisão?
Na verdade, entrei na TV Globo pela cozinha, assim como minha primeira personagem de destaque também (risos). Como já fazia teatro desde os 13 anos, soube que eles estavam procurando uma atriz para fazer uma índia em “Alma Gêmea” (do autor Walcyr Carrasco) e corri atrás da produção. Como sempre carregava meu portfólio para onde ia, deixei lá. Aí, sempre que esbarrava pelo Projac com o diretor Jorge Fernando, perguntava se ia rolar. Acho então que venci pelo cansaço e acabou rolando meu primeiro papel (risos).
Sua vida mudou muito?
Consegui esse papel nos momentos finais da prorrogação da partida (risos). Torci tanto, que acabei atraindo de verdade pra mim. Agora meu telefone não para de tocar, estou sendo muito procurada. Isso me deixa muito feliz, porque estou sendo reconhecida pela minha atuação e meu trabalho. É muito bom!
Você teria alguma coisa em comum com a Cida?
Olha, sou bem diferente dela (risos). O que poderia me aproximar é que também estou familiarizada com os afazeres do lar. Sempre ajudei em casa neste sentido e também tenho dentro de mim aquela alegria que a Cida carrega com ela.
Em meio a todo este assédio, algum deles já lhe conquistou?
Ainda não (risos). Estou solteira. Penso que deva ser melhor ficar descomprometida nesta fase da minha vida que se inicia. Preciso me concentrar bastante nisso agora. Não posso me preocupar em ter problemas com ciúmes e outras coisas.
Aff, ninguém fica totalmente sozinha, vai…
Não curto muito o lance de ficar. Quando for a hora, realmente quero um relacionamento sério. Por enquanto esta difícil mesmo (risos).
Você é nutricionista. Deve cuidar muito bem de sua alimentação…
Sempre me cuidei, mas à minha maneira. Nunca fiz regime e não abro mão de nada. Aprendi a me alimentar com equilíbrio. Se eu pisar na bola comendo alguma coisa que não devo hoje, amanhã eu compenso com outra. Por exemplo, eu sei que se eu me alimentar melhor de segunda a sexta, poderei ter pizza liberada aos finais de semana.
Pode deixar alguma dica, de quem entende do assunto?
A melhor forma de manter o corpo é ser racional e saber o quê, e como você esta comendo. Não precisa ficar se sacrificando como muitas fazem por aí.
Sua personagem exige uma sensualidade, tanto psicológica para provocar o Gustavo (Marcelo Airoldi), quanto física para despertar seus desejos. Como procurou trabalhar esses dois lados?
Na parte psicológica, de interpretação, fiz tudo com muito carinho porque faço teatro há muito tempo. Mas, quando soube que teria que gravar de calcinha e sutiã, fiquei desesperada e saí correndo para a academia (risos).
E de que maneira você procura manter a boa forma?
Pratico esportes desde criançinha e já fui jogadora de vôlei profissional. Atualmente faço musculação de três a quatro vezes por semana durante mais ou menos duas horas por dia. Concilio a musculação com aulas de spinning e exercícios aeróbicos. E sempre quando dá, mato a saudade jogando vôlei na praia, que adoro.
Como tem sido os assédios na rua?
Muito engraçado e gostoso, pois adoro interagir e trocar essas informações com o público. Os homens são bastante assanhadinhos e dizem coisas do tipo: “Com uma empregada dessas, eu não saía mais de casa”, ou “Estou precisando de uma faxina lá em casa” (risos). As mulheres são diferentes porque devem se imaginar no papel da patroa, não acha? (risos). Mas não são todas. Enquanto noto que as casadas não acham muito legal essa idéia de ver uma empregada boazuda, as mais novas e solteiras instigam as chantagens da Cida falando, por exemplo, que eu deveria pedir um carro para o Gustavo. É muito legal (risos).
Tenho escutado de alguns telespectadores que você pode ser a nova Juliana Paes. Você também acha isso? (a empregada Ritinha, feita por Juliana Paes em Laços de Familia, lançou a atriz ao estrelato)
Olha, batalhei e batalho há muito tempo por uma chance dessas! Então, estou segurando com unhas e dentes. Sinto-me lisonjeada porque ela é muito bonita, além de uma excelente atriz. É uma honra.
Entretanto, são empregadas diferentes, não mesmo?
Sim, são personagens diferentes, apesar da profissão em comum. A Cida é mais maliciosa e provocante. Ela instiga o Gustavo porque sabe que ele é um mulherengo e pode ganhar muita coisa com ele, como já ganhou. Ela também é um pouco sapeca (risos).
De que maneira?
Ela é esperta e procura dominar a situação. Ela vai alimentando. Começa a jogar com ele. Lembra quando ele foi ao quarto dela e ficou maravilhado assistindo ela dormir quase sem roupa? Ela acordou agitada, mas não perdeu a oportunidade de perguntar se ele queria alguma coisa (risos).
Assim como a Juliana, você também pousaria nua? Teria problema como isso?
Dependendo da proposta sim, e não tenho o menor problema em dizer isso. Já perdi toda vergonha no teatro e em cima dos palcos. Sei que não serão fotos vulgares, e nem feitas por profissionais que não sejam sérios.
O que deseja pra sua vida daqui em diante?
Quero continuar trabalhando, interpretando e aproveitando cada vez mais as chances de fazer o que gosto. Espero poder, através dessa paixão, ganhar maior estabilidade financeira e aliar o trabalho com o que amo fazer.

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